sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Cezzinha


Cezzinha
Cezzar Thomas Silveira

   Passeando (como quase sempre)  pelas Páginas de algum site pela internet, me deparei com algo interessante: A biografia de Cezzinha do acordeon. Pois é, Comecei vendo sua história e fui me interessando pelo assunto, quando me dei conta, havia lido toda a sua biografia. Gostei e resolvi fazer um resumo e expressar toda minha admiração pela carreira desse que, com certeza, honrará a cultura nordestina e a musicalidade deixada por Luiz Gonzaga e Dominguinhos.
Com o mestre Dominguinhos



















Biografia

  Cantor. Compositor. Sanfoneiro.  Autodidata, começou a carreira aos 13 anos incentivado pelo pai.  Filho de um técnico de TV e de uma dona de casa, tocou nas ruas, nas praças e nos ônibus de Recife para ajudar financeiramente a família.



Dados Artísticos

Começou a tocar na adolescência na Orquestra Sanfônica, em Recife (PE). Na sequência, a convite de Terezinha do Acordeon, realizou uma série de apresentações por todo o estado de Pernambuco.  Em um estúdio de Recife, com 14 anos de idade, foi apresentado a Dominguinhos, que, impressionado com seu desempenho, o apadrinhou musicalmente, chegando, inclusive, a abriga-lo em sua casa em São Paulo (SP).  A partir de então, passou a apresentar-se ao lado de nomes como Elba Ramalho, Belchior, Antônio Carlos Nóbrega, Geraldo Azevedo, Margareth Menezes, Marinêz, Daniela Mercury, Santanna, Maciel Melo e Jorge de Altinho. Para alguns deles também trabalhou como arranjador posteriormente.  Apresentou-se na Rede Globo de Televisão no “Programa do Jô”, ao lado de Genival Lacerda, e no Big Brother Brasil 3, ao lado de Elba Ramalho. Internacionalmente, apresentou-se, como sanfoneiro, no “Brazilian Day”, em Nova Iorque, nos EUA, e em países como Turquia, Itália, Portugal, França e Albânia, acompanhando diferentes artistas em suas respectivas turnês internacionais.  Em 2005, apresentou-se na França como representante da cultura regional pernambucana, no “Ano do Brasil na França”.   Em 2007, apresentou-se ao lado de Dominguinhos na festa de São João de Caruaru (PE), onde ele foi apresentado pelo mestre sanfoneiro como o novo grande nome do forró. Apresentou-se, na sequência, no “Festival de Jazz” de Garanhuns (PE).  Em 2008, lançou seu primeiro CD solo, “Convidando a transbordar”, com a maioria das faixas próprias. Em 2009, trabalhou como arranjador no CD “Balaio de amor”, de Elba Ramalho, com quem manteve relacionamento amoroso. O disco ganhou o prêmio Grammy Latino daquele ano.  Em 2010, sua parceria com Nando Cordel “É só você querer” foi gravada por Elba Ramalho e escolhida como trilha sonora da novela “Caras e Bocas”, exibida pela Rede Globo de Televisão.  Em 2012, lançou seu segundo álbum, “Porque tem que ser assim”, de forma independente, novamente com faixas próprias, que foram “Um anjo pra cuidar de mim” e “Um romance de novela”, parcerias com Nando Cordel; “Já com saudade”, “Deixa de sofrer”, e “Gostando de mim”, parcerias com Clodo Ferreira; e a faixa-título, “Porque tem que ser assim”, parceria com Chico Pessoa.


Obra

Deixa de sofrer (c/ Clodo Ferreira)
  • Gostando de mim (c/ Clodo Ferreira)
  • Já com saudade
  • Porque tem que ser assim (c/ Chico Pessoa)
  • Um anjo pra cuidar de mim

  • Um romance de novela


Discografia

  • 2012) Porque tem que ser assim – Independente – CD
  • (2008) Convidando a transbordar – Independente - CD


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Uma Altinense de fibra

Alepe Cultural 

Evento lançou autobiografia de Carmem Nusinov

Carmen Nusinov
   A escritora Carmem Nusinov lançou o livro Duas Vidas. A publicação revela o passado de violência doméstica sofrido pela autora no município onde nasceu (Altinho-PE). Carmen deixou o País, aos 29 anos, para morar nos Estados Unidos, disposta a superar o passado de agressões cometidas pelo pai, e o suicídio da mãe.
Livro Duas Vidas
Carmen Nusinov no lançamento do livro




Durante o processo de elaboração da obra, Carmen se reaproximou do pai e conseguiu perdoá-lo. Escrito dez anos após Carmen ter deixado o Brasil, o livro, impresso em Pernambuco, presta uma homenagem à mãe e ao irmão da autora, que morreu aos 8 anos, em decorrência da violência sofrida em casa. “Participar desse projeto é muito importante porque permite mostrar minha obra que trata de problemas enfrentados por muitos brasileiros ”, disse. 
      O Alepe Cultural é uma iniciativa da Mesa Diretora da Casa e existe há dez anos. A entrada é gratuita e os artistas não cobram cachê. O evento acontece no Pátio do Museu Palácio Joaquim Nabuco, sempre às 18h.


  Seu livro Duas Vidas: a face da individualidade entre o Brasil e a América traz detalhes da vida difícil que levava no interior de Pernambuco e a sua adaptação ao estilo do local onde resolveu morar, Maryland, estado na costa oeste dos Estados Unidos. Ela começou trabalhando como doméstica, depois casou e agora tem um filho.
O livro, lançado em abril deste ano na sua terra natal, pela editora Nova Presença, já está à venda pelo site Amazon.com. Ela conta que o interesse pelo tema de violência doméstica tem atraído muita atenção para sua obra. "O livro já está sendo usado como obra de auto-ajuda por profissionais que trabalham na assistência as vítimas", conta orgulhosa de sua contribuição. O livro também está em processo de tradução para o inglês e, recentemente, outra editoria manifestou o interesse em lançar a obra para todo o Brasil.


Duas Vidas começou a ser escrito quando Carmen tinha 15 anos e ainda vivia em um sítio próximo a cidade de Altinho (PE). Na região, eles não tinham acesso a carro ou qualquer tipo de meios de comunicação. A família, composta pelos pais e sete crianças, sendo Carmen uma das mais velhas, lidava com a maneira violenta com que o pai tratava a todos. "A violência física e psicológica foi demais e levou minha mãe ao suicídio", lembra a brasileira.

Além de obrigar a mãe a ter vários filhos, o pai ainda mantinha a todos em cárcere privado. Quando o filho caçula tinha dois meses, a mãe, cansada das humilhações e surras do marido, resolveu acabar com a própria vida. As dificuldades de acesso ao sítio onde eles moravam era tanto que os filhos só conseguiram ajuda médica horas depois, no entanto já era tarde.

Segundo Carmen, não havia pretensão de mostrar a história da família para o público. O projeto era escrever suas memórias e deixar algo para os filhos e sobrinhos para que todos soubessem o que seus pais passaram quando crianças. No entanto, quando enviou o material para que um amigo fizesse o trabalho de correção e edição, ela foi surpreendida com a oferta de publicação.

A história da família ainda é algo muito difícil de ser contado, mas Carmen afirma que escrever o livro ajudou tanto ela como os irmãos a aceitar tudo o que aconteceu. "Nós ainda temos um pouco de revolta, mas já conseguimos desabafar. No entanto, não queremos contato com o homem que nos gerou", afirmou a escritora.

O livro da escritora tem uma página no Facebook www.facebook.com/#!/duasvidaslivroonde Carmen mantém informações sobre os eventos de lançamento da obra na comunidade brasileira nos Estados Unidos.