Alepe Cultural
Evento lançou autobiografia de Carmem NusinovCarmen Nusinov |
Livro Duas Vidas |
Carmen Nusinov no lançamento do livro |
Durante o processo de elaboração da obra, Carmen se reaproximou do pai e conseguiu perdoá-lo. Escrito dez anos após Carmen ter deixado o Brasil, o livro, impresso em Pernambuco, presta uma homenagem à mãe e ao irmão da autora, que morreu aos 8 anos, em decorrência da violência sofrida em casa. “Participar desse projeto é muito importante porque permite mostrar minha obra que trata de problemas enfrentados por muitos brasileiros ”, disse.
O Alepe Cultural é uma iniciativa da Mesa Diretora da Casa e existe há dez anos. A entrada é gratuita e os artistas não cobram cachê. O evento acontece no Pátio do Museu Palácio Joaquim Nabuco, sempre às 18h.
Seu livro Duas Vidas: a face da individualidade entre o Brasil e a América traz detalhes da vida difícil que levava no interior de Pernambuco e a sua adaptação ao estilo do local onde resolveu morar, Maryland, estado na costa oeste dos Estados Unidos. Ela começou trabalhando como doméstica, depois casou e agora tem um filho.
O livro, lançado em abril deste ano na sua terra natal, pela editora Nova Presença, já está à venda pelo site Amazon.com. Ela conta que o interesse pelo tema de violência doméstica tem atraído muita atenção para sua obra. "O livro já está sendo usado como obra de auto-ajuda por profissionais que trabalham na assistência as vítimas", conta orgulhosa de sua contribuição. O livro também está em processo de tradução para o inglês e, recentemente, outra editoria manifestou o interesse em lançar a obra para todo o Brasil.
Duas Vidas começou a ser escrito quando Carmen tinha 15 anos e ainda vivia em um sítio próximo a cidade de Altinho (PE). Na região, eles não tinham acesso a carro ou qualquer tipo de meios de comunicação. A família, composta pelos pais e sete crianças, sendo Carmen uma das mais velhas, lidava com a maneira violenta com que o pai tratava a todos. "A violência física e psicológica foi demais e levou minha mãe ao suicídio", lembra a brasileira.
Além de obrigar a mãe a ter vários filhos, o pai ainda mantinha a todos em cárcere privado. Quando o filho caçula tinha dois meses, a mãe, cansada das humilhações e surras do marido, resolveu acabar com a própria vida. As dificuldades de acesso ao sítio onde eles moravam era tanto que os filhos só conseguiram ajuda médica horas depois, no entanto já era tarde.
Segundo Carmen, não havia pretensão de mostrar a história da família para o público. O projeto era escrever suas memórias e deixar algo para os filhos e sobrinhos para que todos soubessem o que seus pais passaram quando crianças. No entanto, quando enviou o material para que um amigo fizesse o trabalho de correção e edição, ela foi surpreendida com a oferta de publicação.
A história da família ainda é algo muito difícil de ser contado, mas Carmen afirma que escrever o livro ajudou tanto ela como os irmãos a aceitar tudo o que aconteceu. "Nós ainda temos um pouco de revolta, mas já conseguimos desabafar. No entanto, não queremos contato com o homem que nos gerou", afirmou a escritora.
O livro da escritora tem uma página no Facebook www.facebook.com/#!/duasvidaslivroonde Carmen mantém informações sobre os eventos de lançamento da obra na comunidade brasileira nos Estados Unidos.
O Alepe Cultural é uma iniciativa da Mesa Diretora da Casa e existe há dez anos. A entrada é gratuita e os artistas não cobram cachê. O evento acontece no Pátio do Museu Palácio Joaquim Nabuco, sempre às 18h.
Seu livro Duas Vidas: a face da individualidade entre o Brasil e a América traz detalhes da vida difícil que levava no interior de Pernambuco e a sua adaptação ao estilo do local onde resolveu morar, Maryland, estado na costa oeste dos Estados Unidos. Ela começou trabalhando como doméstica, depois casou e agora tem um filho.
O livro, lançado em abril deste ano na sua terra natal, pela editora Nova Presença, já está à venda pelo site Amazon.com. Ela conta que o interesse pelo tema de violência doméstica tem atraído muita atenção para sua obra. "O livro já está sendo usado como obra de auto-ajuda por profissionais que trabalham na assistência as vítimas", conta orgulhosa de sua contribuição. O livro também está em processo de tradução para o inglês e, recentemente, outra editoria manifestou o interesse em lançar a obra para todo o Brasil.
Duas Vidas começou a ser escrito quando Carmen tinha 15 anos e ainda vivia em um sítio próximo a cidade de Altinho (PE). Na região, eles não tinham acesso a carro ou qualquer tipo de meios de comunicação. A família, composta pelos pais e sete crianças, sendo Carmen uma das mais velhas, lidava com a maneira violenta com que o pai tratava a todos. "A violência física e psicológica foi demais e levou minha mãe ao suicídio", lembra a brasileira.
Além de obrigar a mãe a ter vários filhos, o pai ainda mantinha a todos em cárcere privado. Quando o filho caçula tinha dois meses, a mãe, cansada das humilhações e surras do marido, resolveu acabar com a própria vida. As dificuldades de acesso ao sítio onde eles moravam era tanto que os filhos só conseguiram ajuda médica horas depois, no entanto já era tarde.
Segundo Carmen, não havia pretensão de mostrar a história da família para o público. O projeto era escrever suas memórias e deixar algo para os filhos e sobrinhos para que todos soubessem o que seus pais passaram quando crianças. No entanto, quando enviou o material para que um amigo fizesse o trabalho de correção e edição, ela foi surpreendida com a oferta de publicação.
A história da família ainda é algo muito difícil de ser contado, mas Carmen afirma que escrever o livro ajudou tanto ela como os irmãos a aceitar tudo o que aconteceu. "Nós ainda temos um pouco de revolta, mas já conseguimos desabafar. No entanto, não queremos contato com o homem que nos gerou", afirmou a escritora.
O livro da escritora tem uma página no Facebook www.facebook.com/#!/duasvidaslivroonde Carmen mantém informações sobre os eventos de lançamento da obra na comunidade brasileira nos Estados Unidos.
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